Soneto


I
Quando o sol ardente,
Baixa no ocidente,
Quando o vento morre na montanha.

II
Quando o canto da cotovia acaba,
Quando os gafanhotos,
Não mais saltam no campo

III
Quando a espuma marinha,
Dorme qual donzela e o crepúsculo,
Toca a terra errante.

IV
E por entre sombras azuis,
E bosques porpúreos, eu volto para casa,
Volto para o lugar onde nasci.

V
Para a mãe que me deu á luz,
E para o pai que me ensinou,
Há muito, muito tempo.

VI
Agora estou só perdido,
Num enorme vazio,
Mas quando o sol ardente está baixo.

VII
Quando morre e quando
A espuma marinha dorme,
E o crepúsculo toca a terra errante,
Eu volto para casa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este é sem duvida o neu preferido, mas devo dizer que adorei todos os poemas que li, se bem que sao muito subjectivos, intimistas e sofridos... nunca deixes de expressar o que sentes dessa maneira tao bonita!

BeijinhO

... Filipa